Leia o resumo dos jornais desta segunda
17 de outubro de 2016
População está deixando de usar cada vez mais o telefone fixo
17 de outubro de 2016
Exibir tudo

Show de promessas vazias

Impressiona o volume de mirabolantes promessas feitas pelos prefeituráveis Edvaldo Nogueira (PCdoB) e Valadares Filho (PSB). Ambos estão prometendo transformar Aracaju numa cidade de primeiro mundo, construindo creches e escolas moderníssimas, maternidade, centros de especialidades médicas futuristas, além de melhorar a mobilidade, oferecer transporte coletivo de qualidade, enfrentar a violência urbana, eticétera e tal. Os dois candidatos só não revelam as fontes de recursos para promover tamanha melhoria nas condições de vida dos aracajuanos. Isto permite suspeitar que eles estão promovendo um jogo de faz de contas ou desconhecem a realidade da prefeitura. Ora, todo mundo sabe que das receitas com IPTU, apenas 40% são efetivadas. Os repasses do FPM têm sofrido constantes e consideráveis reduções e, por força de lei, o município tem seu orçamento fatiado com folha de pessoal, educação, saúde e duodécimo para a Câmara de Vereadores. Após essa divisão, resta muito pouco para transformar Aracaju no paraíso prometido por Edvaldo e Valadares. Portanto, os eleitores não devem acreditar na radical melhoria de vida propagandeada no horário eleitoral. Vale lembrar que é comum no Brasil o candidato fazer gordas promessas na campanha e, após se eleger, entregar magras realizações, quando o faz. O melhor exemplo de calote eleitoral foi dado pelo ainda prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM).

Clientes na mão

Clientes do Banese ficaram sem atendimento nos caixas eletrônicos em pleno domingo. Um aviso informava: “Terminal em manutenção. Por favor, chame o funcionário!”. Chamar aonde? A pane também atingiu os cartões, que ficaram limitados às compras em crédito. Quer dizer, o sujeito tem dinheiro no banco, mas é forçado a comprar fiado. Pode?

Peito de homem

Embora tenha direito a uma tecla na urna eletrônica, o voto branco não possui qualquer serventia. Considerado válido até a Constituição de 1988, ele era dado ao candidato vencedor. Era tido como um sufrágio de conformismo, pelo qual o eleitor se mostrava satisfeito com quem vencesse as eleições. Portanto, o hoje desnecessário voto branco deveria ser extinto simplesmente, cedendo seu lugar na urna eletrônica ao voto nulo. Este sim, uma importante ferramenta de protesto da sociedade, pois indica o percentual de insatisfação do eleitor.

Viva o boi

Defensores das cruéis vaquejadas promoveram uma manifestação, ontem, na Orla de Atalaia, em Aracaju. Protestaram contra a decisão do Supremo proibindo a criminosa pega do boi. Estes senhores acham correto e até ético se lançar um boi em desesperada correria para depois laçá-lo ou puxá-lo pelo rabo. Neste momento, o bicho recebe um solavanco e cai para trás se machucando, muitas vezes gravemente. Não existe hipótese dele não se ferir, pois não se estanca um corpo em movimento, em alta velocidade, sem lhe provocar lesões. Antes de ser fisiológica, esta é uma questão de física dos corpos.

Ranço de ditador

Nada como uma campanha eleitoral para desnudar preconceitos. Injuriado com as críticas ao filhote Vavazinho, o senador “socialista” Antônio Carlos Valadares tirou do armário seu lado reacionário, expondo a aversão – o nojo mesmo – que nutre dos comunistas. Numa postagem nas redes sociais, Vavá tenta depreciar o prefeiturável Edvaldo Nogueira (PCdoB) chamando-o, repetidamente, de “comuna”. A continuar com este ranço a quem não comunga com o seu pensamento ideológico, o político de Simão Dias terminará acusando Edvaldo de anticristo e comedor de fígado de criancinha. Cruz credo!

Casca de banana

Em outdoors espalhados por Aracaju, o Sindicato dos Servidores do Judiciário condena a contradição entre os benefícios garantidos aos magistrados e a recusa do TJ em reajustar os salários dos trabalhadores. A peça publicitária mostra que os juízes recebem as bananas, enquanto os servidores ficam com as cascas. E o que sobra para “nosotros”?

Vista grossa

Com o título acima, o articulista político de O Globo, Jorge Moreno, publica a seguinte nota: “É curiosa a atuação do líder do governo, André Moura, que continua sob influência da alma penada de Cunha. Ataca Rodrigo Maia — como na polêmica envolvendo a repatriação de recursos, por duas vezes- mas o Planalto não faz nada, alegando que ele age por conta própria, quando não existe líder de governo de si mesmo”. Misericórdia!

Sexo juvenil

Meninos entre 13 e 15 anos iniciam a vida sexual mais cedo que as meninas na mesma faixa etária. Na maioria das vezes, tanto eles quanto elas não abrem mão do preservativo. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar mostra que 28,7% dos estudantes na faixa de idade entre 13 e 15 anos já tiveram relação sexual. Do total de meninos entrevistados, 40,1% já passaram pela experiência, sendo que entre as meninas 18,2% disseram que sim.

Olhos da cara

O Tribunal de Contas de Sergipe é o quarto mais caro do Brasil, perdendo apenas para os TCE’s de Rondônia, Mato Grosso e Roraíma. Reportagem do jornalista Gabriel Damásio, publicada no Jornal do Dia, mostra que a corte de contas sergipana consume dos cofres públicos cerca de R$ 124 milhões por ano. Admitamos, é muito dinheiro para uma repartição que elabora pareceres, meros palpites sujeitos a reprovação pelas câmaras municipais.

Estréias aguardadas

Duas participações no horário eleitoral gratuito são muito aguardadas pelos aracajuanos: a do governador Jackson Barreto (PMDB), pedindo votos para o prefeiturável Edvaldo Nogueira (PCdoB), e a do dublê de político e empresário Edvan Amorim, defendendo a candidatura de Valadares Filho (PSB). Há quem garanta que os marqueteiros só vão expor JB e Edvan nos últimos programas políticos. Será?

Cabide de empregos

O governo de Sergipe insiste em alegar não ter recursos para pagar em dia os salários dos servidores. Isso é uma meia verdade, pois enquanto alega falta de dinheiro, o Executivo mantém um grande número de cargos comissionados. Levantamento feito pelo IBGE mostra que o governo sergipano possui cerca de 3 mil cargos em comissão, número superior a Alagoas, Piauí, Ceará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *