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Covid-19: Márcio diz que não falta recursos, mas gestão

Com a decisão do ministro do STF, o petista Márcio Macedo volta à

A pandemia tem assolado todo país e destruindo o sonho de muitos brasileiros. Em Sergipe, não tem sido diferente. Atualmente, o estado já registra a terrível marca dos 56.214 e 1.390 mortes. Somente em Aracaju, a covid-19 já contaminou 27.888 pessoas e 534 corações deixaram de pulsar. Sucumbiram ao inimigo que ninguém vê. E pouca gente combate.

Os dados são preocupantes. Desesperadores. Sobretudo quando há situações que poderiam ser resolvidas ou, ao menos, amenizadas. E foi justamente sobre este assunto que o vice-presidente do Partido dos Trabalhadores e pré-candidato à Prefeitura de Aracaju, Márcio Macedo, debateu durante entrevista à rádio Jovem Pan.

“O problema não é recurso. Já foram destinados R$ 23 bilhões para os municípios. Isso para quê? Para compensar a perda do FPE e FPM, que são recursos que vêm de fundo a fundo, além das emendas parlamentares. Já foram mais de 76,5 milhões destinados à Aracaju somente para o enfrentamento da pandemia. Já estão no caixa da prefeitura. E ainda têm R$ 35,1 milhões que virão. O total de recursos extraordinários que estão assegurados é de R$ 111 milhões. Então, o prefeito precisa dizer porque não fez UTI’s, não contratou profissionais, por que não foram feitos testes? Já foram empenhados R$ 56,3 milhões. As despesas executadas já chegaram a R$ 21,1 milhões. E os valores efetivamente pagos já somam R$ 16,1 milhões. Foram 76 milhões de reais só para combater a covid-19 e só usou 16 milhões. Enquanto isso, as pessoas estão morrendo”, afirmou.

Cobra uso de recursos

“Para se fazer uma UTI, segundo estudo da Unicamp, gasta-se R$ 180 mil, e cada teste custa, em média, R$ 70,00. Imagina quantas UTI’s poderiam ser feitas? Quantos testes? Quantas UTI’s foram feitas? Quantas equipes estão nas ruas? Quantos testes foram feitos? Enquanto isso, mais de 500 vidas perdidas na capital. Não é falta de recurso. As pessoas estão morrendo agora. Esses recursos têm que ser usados agora”, acrescentou.

Outro ponto apresentado pelo petista está inteiramente ligado à falta de atenção às camadas mais pobres da sociedade. Para ele, neste momento, nada pode ser mais prioritário do que a população. “Por que não suspendeu o IPTU, com tanto dinheiro que poderia ser gasto? Por que não distribuiu cestas básicas? Por que não fez o vale-gás? Não pode se dizer que é falta de recursos. O dinheiro está aí. Eu, sinceramente, não consigo entender. É uma falta de humanidade grande”, lamenta.

Além disso, Márcio Macedo comentou sobre a arrecadação da capital que, segundo ele, não caiu. Fator que, conforme seu entendimento, reitera a ineficiência da gestão nas ações de enfrentamento à covid-19. “Tinha-se uma expectativa de grande queda na arrecadação, que não se confirmou. O auxílio emergencial chegou a 625 mil pessoas em Sergipe, sendo 100 mil delas em Aracaju. Isso gerou uma receita de R$ 6 milhões na capital. Os recursos não deixaram de entrar. Se arrecadação caiu, tiveram as compensações, os recursos que vieram, além do auxílio emergencial que circulou na cidade. E não fizeram uma UTI? Quantas vidas poderiam ter sido salvas? Quanta dor poderia ter sido evitada? Por que não se criou uma renda básica? Nem que seja de R$ 600,00?”, indagou.

O pré-candidato também cobrou um posicionamento do prefeito Edvaldo Nogueira e orientou a gestão sobre a necessidade de deixar, momentaneamente, os interesses políticos e pensar, de fato, no povo. “Vivemos um momento que transcende a prioridade política. É questão de humanidade. Nada disso precisa ser mais prioritário que o povo. E essas coisas precisam ter respostas”, finalizou.

Texto e foto: Assessoria de Márcio Macedo

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