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Sucessão de Pinna no TCE não será favas contadas

José Carlos Felizola teve o nome aprovado na Assembleia por unanimidade

A vaga aberta no Tribunal de Contas de Sergipe com a morte do conselheiro Carlos Pinna de Assis será preenchida por quem conseguir os votos da maioria dos 24 deputados estaduais. Não será tarefa fácil. O experiente jornalista Gilvan Manoel publica no Jornal do Dia, deste final de semana, que “cada deputado tem interesse pessoal pela vaga e a aprovação de um nome requer uma ampla mobilização do governador de plantão e parentes influentes dos interessados”.

Segundo Gilvan, o ex-governador Belivaldo Chagas (PSD) “gostaria que o seu genro, José Carlos Filizola, fosse o escolhido pela Assembleia Legislativa. Se ainda estivesse no governo garantiria o emprego da família, mas agora é uma nova administração e nem mesmo a lealdade demonstrada pelo governador Fábio Mitidieri (PSD) parece assegurar o cargo” ao genro do pessedista.

Susana Azevedo foi empossada por Carlos Pinna, então presidente do TCE

E Gilvan tem razão: em 2012, o então secretário estadual da Educação, Belivaldo Chagas, era tido como favoritíssimo para substituir a conselheira aposentada Izabel Nabuco. Dias antes do pleito, contudo, o saudoso governador Marcelo Déda (PT) brigou com os aliados políticos Edvan e Eduardo Amorim. Ambos tinham muita força no Legislativo e viraram os votos dos deputados, antes favoráveis a Belivaldo, em favor da deputada estadual Susana Azevedo, que foi eleita conselheira. De foma republicana, Déda desejou sucesso à vitoriosa: “À conselheira eleita, meus cumprimentos e votos de uma feliz presença no TCE”. Susana só tomou posse em 2015, quando o governador era Jackson Barreto (MDB).

Por que tanta disputa por um cargo no conselho de num mero órgão auxiliar da Assembleia? Gilvan Manoel tem a resposta: “Pelo caráter vitalício, conselheiro do TCE é o melhor emprego, com salário equivalente ao de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e compromissos nem sempre tão republicanos”. O jornalista lembra, ainda, que “Carlos Pinna já deixaria o Tribunal nesse semestre em função do limite de 75 anos de idade, e desde o governo Belivaldo Chagas o nome do novo conselheiro já parecia escolhido”.

JB foi alvo do TCE

Gilvan Manoel prossegue o artigo sobre a vaga aberta no TCE lembrando que “como os demais conselheiros da época, Carlos Pinna patrocinou um dos maiores linchamentos da vida pública do estado, com a tentativa de banimento da política do então prefeito de Aracaju Jackson Barreto de Lima, no final dos anos 1980. A condenação de Jackson foi derrubada pela justiça e, como se sabe, JB voltou a ser prefeito da capital e governador de Sergipe por dois mandatos, sempre eleito pelo povo sergipano”, escreve o articulista.

Quanto ao conselheiro falecido, o editor do Jornal do Dia revela que “Pinna era um homem cordial, membro das academias sergipanas de Letras e de Educação, do Instituto Histórico, com trânsito livre. Ingressou no TCE em 1986 sob as bênçãos do então governador João Alves Filho”.

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