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Trabalhador não tem o que comemorar neste 1º de Maio

Ronildo Almeida garante que “se instalou um caos”

Este domingo, 1º de Maio, teoricamente deveria ser um dia de comemoração para as classes trabalhadoras, já que é o Dia Internacional da Trabalhadora e do Trabalhador. No entanto, em Sergipe, até para uma das categorias que está entre as que mais admitem, o clima, na verdade, é de insatisfação, e os motivos para comemorar, quase não existem.

Nos últimos anos a partir de 2016, os direitos dos trabalhadores comerciários passaram a ser retirados. Quem diz é o presidente da Federação dos Comerciários de Sergipe, Ronildo Almeida. Segundo ele, são muitas as dificuldades.

“Enfrentamos desde a redução de emprego, como a exploração. Hoje em dia as pessoas empregadas trabalham mais e têm um acúmulo de função”, aponta o presidente.

 Atualmente, quase metade dos sergipanos estão desempregados, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio Econômicos (Dieese). Em 2021, cerca de 170 mil pessoas estavam em condição de subocupação, enquanto 465 mil trabalhavam na informalidade.

Queda do poder aquisitivo

De acordo com Ronildo, desde 2016 o poder aquisitivo dos trabalhadores comerciários diminui. “Apesar de toda luta e esforço dos sindicatos trabalhando em cima, encontramos muitas dificuldades, já que parte da classe política deu o governo Temer e Bolsonaro. Com isso, construíram uma nova história, que marca a volta da exploração, dos baixos salários, a retirada de direitos com reformas. Se instalou um caos”, avalia Ronildo.

No entanto, mesmo com o cenário atual desanimador, os trabalhadores olham para o futuro com esperança. “Nós temos fechamento de convenções coletivas de reajuste salarial no ramo de lojista, supermercado e material de construção, entre outros. É uma luta árdua, mas nós temos perspectivas de melhoras. Afinal, há uma luta muito grande. Apesar de toda dificuldade, a gente tem conseguido algumas conquistas pela luta”, reforça.

 Protesto

O Ato Cultural de Luta 1° de Maio da classe trabalhadora contou com uma concentração na Praça Ulisses Guimarães, no Bairro Santos Dumont. De lá saiu a “Marcha da Classe Trabalhadora por Direitos, Emprego, Vida e contra o Governo Genocida de Bolsonaro” até o GBarbosa do Bugio.

Várias apresentações culturais marcaram o protesto do 1º de maio em Sergipe, na concentração e durante todo o percurso. Ocorreram os shows de Daniel Nanume, Rafael Oliva, Paulo Groove e Roque Sousa. Em todo o mundo, o dia 1º de maio, Dia Internacional da Trabalhadora e do Trabalhador, é o dia da união dos diferentes tipos de trabalhadores na luta por valorização, respeito aos direitos conquistados. No Brasil, várias manifestações estão confirmadas.

Um país justo

Todo dia é dia de lutar por um país justo, sem desemprego, sem fome, miséria, carestia. Mas no domingo de 1° de maio as trabalhadoras e trabalhadores de Sergipe vão lutar por democracia e denunciar a exploração de trabalhadoras e trabalhadores que constroem diariamente as riquezas do Brasil.

Este é o 1º de maio de reafirmação da luta da classe trabalhadora. Pela reconquista dos direitos destruídos após os governos golpistas de Temer, Bolsonaro e Belivaldo.

Na concentração, também ocorrey coleta de alimentos não perecíveis e roupas usadas para doação à população em situação de vulnerabilidade social. O Ato Cultural de Luta 1° de Maio da Classe Trabalhadora foi organizado pela CUT, CTB, CSP-Conlutas, UGT, Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo.

Por Laís de Melo/Jornal da Cidade

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