Os trabalhadores das empresas de ônibus Progresso, Paraíso e Tropical amanheceram, nesta sexta-feira (28), de braços cruzados na porta do prédio onde funcionam as sedes das três concessionárias, que atendem a Grande Aracaju. Eles reivindicam o pagamento dos salários em dia, ao invés de parcelado em até três vezes como vem acontecendo. Também denunciam que o FGTS descontados deles não está sendo depositado, como manda a legislação. Por conta da paralisação, nenhum ônibus das três empresas saiu da garagem.
Um rodoviário ouvido pelo radialista Gilmar Silva disse que os empregados das três empresas não suportam mais serem pagos à conta gota: “Todos os dias, nós vamos para as ruas dirigindo os ônibus visando levar dinheiro para nossos patrões, mas eles nos tratam dessa forma”, se queixou. O profissional explicou que a paralisação objetiva pressionar as concessionárias a regularizar a situação salarial dos motoristas, cobradores e empregados dos setores administrativos.
Nota da Viação Progresso
A Viação Progresso distribuiu nota informando que os saldos dos salários dos seus colaboradores serão quitados nesta sexta-feira, 28, e já solicitou que todos voltem aos seus postos de trabalho. “A reivindicação é legítima, mas a consequência da paralisação é ruim, pois além de prejudicar os usuários do sistema não ajuda na busca das receitas para fins de regularização dos pagamentos. O momento de crise é inegável, o transporte de passageiros enfrenta essa crise sozinho, mantendo os empregos, operando com 100% de sua frota com uma demanda de reduzida na ordem de 45%, sofrendo com o aumento de insumos, todavia, mesmo diante disso, vêm se desdobrando para honrar com seus compromissos, cabendo dizer que o colapso do sistema não é fato isolado e as autoridades precisam se empenhar em ajudar as empresas na continuidade desse serviço público essencial á sociedade”.
Posição da SMTT
A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Aracaju está acompanhando as negociações entre o grupo Progresso e os seus funcionários, já que se trata, exclusivamente, de uma paralisação por questões trabalhistas, e para minimizar os prejuízos aos usuários do transporte coletivo, a SMTT entrou em contato com as demais empresas que fazem parte do sistema, e linhas de ônibus estão operando com intervalo menores para reduzir o máximo possível o tempo de espera dos passageiros.
Foto: Gilmar Silva