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Justiça volta a julgar dia 16 a intervenção em Canindé

Ednaldo da Farmácia aguardará a Assembleia aprovar o decreto de intervenção para deixar o cargo

O pedido de intervenção na Prefeitura de Canindé do São Francisco está agendado na pauta da reunião do Pleno do Tribunal de Justiça do próximo dia 16, conforme revelou a Procuradoria Geral de Justiça. Suspenso no dia 16 de junho passado, devido pedido de vista feito pelo desembargador Cezário Siqueira Neto, o processo voltará a julgamento graças a solicitação feita pelo Ministério Público Estadual, autor do pedido de intervenção estadual na administração do prefeito Ednaldo da Farmácia (Progressista).

Na sessão em que foi pedido de vista no processo, desembargador-relator Osório de Araújo Ramos Filho defendeu a intervenção estadual naquele município do sertão sergipano. Também no dia 16 de junho, os desembargadores Ricardo Múcio Santana de Abreu Lima, Elvira Maria de Almeida Silva, Iolanda Santos Guimarães, Diógenes Barreto e Luiz Mendonça anteciparam seus votos favoráveis à intervenção. O desembargador Luiz Mendonça, inclusive, disse que a situação da gestão de Canindé em termos de irregularidades “chega a ser uma pandemia”.

Ao defender a intervenção, o Ministério Público Estadual reforçou que a administração de Canindé é um caos. Há problemas graves nas unidades de saúde e nas escolas. A folha de pessoal consume 87,79% da receita própria, existem médicos ganhando salários que variam de R$ 44 mil a R$ 59 mil, para cumprir cargas horárias de 200 e 160 horas semanais, o que é humanamente impossível. O MPE ainda citou que a Prefeitura recolhe dos servidores que fizeram empréstimos consignados, mas não repassa aos bancos, além de pagar regência de classe a professores que não estão lotados nas salas de aula.

A defesa da Prefeitura de Canindé insiste em sustentar que a acusação se fundamentou num simples relatório do Tribunal de Contas de Sergipe, que ainda não recebeu parecer conclusivo da conselheira Angélica Guimarães. “Portanto, o TCE não decidiu sobre a denúncia formulada pelo Ministério Público”, argumenta o advogado Joab Gomes Ferreira. Diante disso, ele afirmou que o Estado não intervém nos municípios quando não há violação de princípios maiores, “como uma afronta à Constituição Federal que obrigue restabelecer a ordem constituída”, discursou. Por fim, o defensor da Prefeitura afirmou que a situação relatada pelo Ministério Público não reflete a realidade atual.

Pela intervenção

Segundo o presidente do Tribunal de Justiça e relator do processo, desembargador Osório de Araújo Ramos, os documentos apresentados pelo Ministério Público Estadual trazem informações de irregularidades graves na Prefeitura de Canindé, representando afronta aos princípios da moralidade. “O município não tem capacidade de receita para cumprir suas despesas líquidas”, afirma o magistrado. Ele também ressaltou como um agravante o atraso salarial dos servidores. Após dizer que o trâmite do processo no Tribunal de Contas não altera a decisão do TJ sobre a intervenção na Prefeitura, Osório de Araújo Ramos Filho afirmou que “está clara a presença dos requisitos para que seja deferido o pedido de intervenção em Canindé”.

Por destaquenoticias (Foto: Portal Infonet)

 

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