Os trabalhadores da Unigel, arrendatária das fábricas de fertilizantes de Laranjeiras e Camaçari, estão vivendo uma clara sensação de insegurança no ambiente de trabalho. Quem pensa assim é Albérico Santos de Queiroz Filho, diretor do Sindipetro Unificado. Segundo ele, “após manter as duas unidades paradas por mais de oito meses e ter utilizado seus trabalhadores como massa de manobra para pressionar o governo a assumir o risco do negócio, a Unigel desrespeita completamente a saúde mental dos trabalhadores”.
E para justificar a sua afirmativa, mo sindicalista frisou que a empresa demitiu grande parte dos empregados, “sem qualquer aviso prévio, apenas com um tchau e obrigado” e depois cancelou as demissões, “demonstrando clara sensação de insegurança no ambiente de trabalho”. Albérico defende a necessidade de se corrigir os rumos “e, apesar das divergências, apostamos em uma solução conjunta”.
De acordo com o diretor do Sindipetro Unificado, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) propõe que a solução seja mediada para viabilizar a devolução das unidades em um processo de transição. “O objetivo é preservar os empregos, dar aos trabalhadores a oportunidade de se planejarem e garantir a produção de fertilizantes nitrogenados, que tem sido negligenciada pela Unigel. No entanto, fica evidente que os dirigentes da Unigel carecem de coragem para tomar a decisão correta e sair do negócio, preservando ao menos um pouco de dignidade”, frisou.