Como você se sente quando falta sinal, o pacote de dados expira ou descarrega a bateria do celular? Se a resposta apontar para um medo irracional de ficar sem utilizar o celular por um tempo, talvez você sofra de nomofobia. O termo é derivado da expressão em inglês “no mobile phone phobia” e ficou mais conhecido com os episódios recentes de apagão nas redes sociais, expondo a dependência excessiva aos dispositivos.
Segundo a professora do curso de Comunicação Social da Universidade Tiradentes (Unit), Pollyana Bittencourt, a sujeição às plataformas digitais é motivo de alerta. “Um apagão das redes sociais reforça algo que já sabíamos: a extrema dependência tecnológica. Ela fica ainda maior porque as redes sociais nos dão o que a sociedade atual exige: velocidade da informação e ubiquidade”, expressou.
De acordo com ela, comunicar-se por meio da internet tornou-se muito mais do que isso. “Esse ambiente tem características bem específicas, que moldam tanto a comunicação digital que às vezes pensamos que se trata de algo extremamente novo. A conexão e a popularização dos smartphones nos dão a sensação de onipresença e espaço democrático. ‘Falo o que quero nas minhas redes’ e ‘leio o que quero’. Isso leva a um maior alcance na comunicação”, esclarece.
Para fugir de excessos, o usuário deve se resguardar. “Precisamos ter cuidado. Se você sentiu muito desconforto por não poder acessar as redes, é importante rever essa situação, porque pode ser vício. O apagão nos ensinou que precisamos estudar melhor essa dependência, concentrar menos negócios e informações nessas plataformas e estarmos atentos a algumas estratégias. Uma boa forma para controlar o uso das redes é baixar aplicativos que limitam o tempo de uso das redes sociais”, recomendou a professora.
Esses aplicativos criam temporizadores ou limitam a quantidade de programas que podem ser abertos em um tempo determinado pelo usuário.
Ascom/ Unit