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Vacina contra HPV e exames previnem câncer do colo do útero

Segundo o médico Dauler de Souza, usar preservativo protege do contágio pelo HPV

Um dos tipos de câncer mais incidente entre as mulheres sergipanas, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer do colo do útero pode ser prevenido com a vacinação contra o HPV e a realização dos exames preventivos (Papanicolau ou citopatológico).

O câncer do colo do útero é um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo do útero, que se localiza no fundo da vagina. Essas alterações, que são chamadas de lesões precursoras, são totalmente curáveis na maioria das vezes, porém se não tratadas, podem se transformar em câncer. O que muitas mulheres não sabem é que essas lesões são, em sua maioria, associadas ao HPV (sigla em inglês para papilomavírus humano), vírus dos quais pelo menos 13 tipos têm potencial para causar câncer.

É por isso que a vacinação contra o HPV é tão importante na prevenção ao câncer do colo do útero. “A maneira mais eficaz de prevenir a doença é a vacinação contra o HPV antes do início da vida sexual. A vacina é disponibilizada pelo SUS para todas as meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 e 14 anos. Para alguns pacientes imunossuprimidos a vacina ainda é disponibilizada em outras faixas etárias”, explica o médico oncoterapeuta Dauler de Souza, que atua no Hospital Oncológico de Aracaju, nova unidade hospitalar, que atende às demandas de radioterapia do Hospital de Cirurgia.

Exames preventivos

No contexto da prevenção, a realização dos exames preventivos e de preservativos durante a relação sexual também são fatores importantes. “Exames como o Papanicolaou ou citopatológico podem detectar as lesões precursoras. Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas é possível prevenir a doença em 100% dos casos. Usar preservativos durante a relação sexual também dever ser incentivada uma vez que esta diminui a probabilidade de contagio pelo HPV”, acrescenta o especialista.

O médico oncoterapeuta reforça a importância da disseminação de informações acerca da importância das relações sexuais seguras. “É muito importante que a população saiba que a principal forma de transmissão do vírus HPV é via sexual. Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer através do contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal”.

Dauler de Souza alerta ainda que as mulheres com histórico de casos de câncer do colo do útero na família devem estar atentas. “Apesar dos principais fatores de risco para câncer de colo do útero serem atividade sexual precoce, múltiplos parceiros sexuais, tabagismo e infeção por HPV, é possível que também haja um fator genético associado e por isso Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que tiveram câncer de colo do útero têm um risco maior de desenvolver a doença do que aquelas que não tem casos de doença na família”.

Tratamento

De acordo com o médico Dauler de Souza, o câncer de colo uterino pode acometer qualquer mulher, porém é mais prevalente entre as mulheres jovens (abaixo de 50 anos) e com baixa escolaridade. Para aquelas que obtiveram diagnóstico positivo, a orientação é imediatamente um serviço de oncologia de referência em sua região para iniciar a realização dos exames de estadiamento e dar início ao tratamento adequado.

“O tratamento do câncer de colo uterino vai variar de acordo com o estágio em que a doença se encontra. Este pode se basear em cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou mais comumente uma combinação entre estes. Hoje em dia há técnicas modernas de radioterapia e braquiterapia 3d que tratam o tumor com máxima precisão causando mínimos efeitos colaterais”, detalha.

Em alguns casos, é necessário realizar a histerectomia, que é a retirada do útero com ou sem os anexos (trompas e ovários). “Essa cirurgia é indicada para tratamento de tumores de colo uterino iniciais ou ainda naqueles casos em que existe persistência da doença após o tratamento de radioterapia com quimioterapia”, finaliza Dauler de Souza.

Fonte e foto: Ascom do Hospital de Cirurgia

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