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Vacinação contra a pólio em Aracaju tem baixa cobertura

A vacina da poliomielite é para crianças com faixa etária de um ano a menor de 5 anos

A vacinação é a única forma de prevenção de doenças como a poliomielite, enfermidade que pode provocar graves sequelas, que foi erradicada do país em 1994, mas que corre o risco de retornar por conta dos baixos índices de adesão às campanhas de imunização nos últimos anos. Sendo assim, a Secretaria da Saúde de Aracaju tem ampliado os esforços para aumentar o número de crianças vacinadas. O município aderiu ao calendário nacional de vacinação ligado à poliomielite, ainda no início de agosto, tendo como público-alvo crianças abaixo de 5 anos, ofertando o imunizante de maneira ampla.

“Precisamos atingir 95% de cobertura vacinal, mas até agora Aracaju conta com apenas 26,15% do público alvo – crianças entre um e menos de 5 anos – vacinados. A vacina serve para prevenir a paralisia infantil e está disponível em todas as 45 Unidades Básicas de Saúde da capital e, também, nos shoppings”, explica a coordenadora de Imunização, Larissa Ribeiro.

Para garantir o acesso à vacinação, os pais ou responsáveis devem levar documento com foto, caderneta de vacina, documento da criança e comprovante de residência ao local selecionado. Como a poliomielite é uma doença incapacitante e que pode matar, se faz urgente que as taxas de imunização voltem a crescer no país e, para isso, todo cidadão deve cooperar e o poder público criar condições para o sucesso desta iniciativa.

“A vacinação diminui a circulação do vírus entre a população, diminuindo, também, o risco de infecção e transmissão. O Brasil, assim como quase toda a América, está em alto risco de retorno da doença, pelo fato do vírus existir de maneira endêmica e em forma de surtos em outros continentes, da globalização e das baixíssimas coberturas vacinais”, ressalta a infectologista da SMS, Fabrízia Tavares.

A doença

A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.

A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, por meio de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus.

Os sintomas mais frequentes são febre, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, constipação (prisão de ventre), espasmos, rigidez na nuca e até mesmo meningite. Nas formas mais graves instala-se a flacidez muscular, que afeta, em regra, um dos membros inferiores.

As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus, normalmente são motoras e não tem cura. As principais são problemas e dores nas articulações; pé torto, conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão; crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose; osteoporose; paralisia de uma das pernas; paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de secreções na boca e na garganta; dificuldade de falar; atrofia muscular; e hipersensibilidade ao toque.

Fonte e foto: Secom/PMA

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