Uma vaquinha feita pela internet arrecadou mais de R$ 160 mil para o garoto de Maringá, no norte do Paraná, que tentou comprar uma casa em Sergipe para a família dele com parcelas mensais de R$ 50. João Berbardo viralizou nas redes sociais ao tentar negociar escondido da mãe por um aplicativo de compra e venda uma casa de R$ 110 mil, com parcelas de R$ 50. A intenção do garoto era ajudá-la a sair do aluguel. A meta do valor, estipulada para ajudar a família a comprar a casa própria, foi atingida na manhã desta quinta-feira (1º), menos de 24 horas após a vaquinha ser aberta.
A publicação que viralizou é de 8 de setembro, mas tomou proporções na semana passada e conta com mais 6,8 mil compartilhamentos em uma rede social. “Queria comprar a casa, mas não tenho tanto dinheiro. Então pensei: e se eu te desse R$ 50 por mês até juntar R$ 110 mil? É que gostaria de morar eu, minha mãe e meu irmão porque que a nossa casa é muito pequena”, escreveu o garoto nas mensagens. Ele ainda complementa que o lugar onde moram é movimentado, o que se torna um perigo para o cachorro da família.
O vendedor no anúncio nega a oferta de pagamento. O garoto mostra compreensivo e depois se desculpa pelo incômodo. “Está bem. Acho que não vai dar mesmo para eu ir, porque a casa é em Sergipe e eu moro em Maringá”. Daiana Campiolo, de 38 anos, mãe de João Bernardo, conta que precisou mandar uma mensagem ao vendedor pedindo desculpas e esclarecendo que era o filho no chat. Em razão de João se inspirar no irmão mais velho, que cursa duas graduações, o garoto adora estudar, o que fez o vendedor imaginar que estivesse conversando com um adulto.
Grupo de voluntários
A vaquinha foi criada por um grupo de voluntários com a autorização da família. A responsável pela iniciativa na internet, Jéssica Souza, disse que se solidarizou com a família após ver a preocupação do garoto. “Estamos sem reação ainda, não conseguimos nem acreditar”, afirmou a Daiana. Segundo ela, o menino tem o sonho de que a família tenha uma casa própria desde que o pai dele morreu, há dois anos. Após a perda, a família enfrentou dificuldades financeiras, teve que sair da casa onde morava e se mudou para uma quitinete. “Eu não fico falando disso, porque ele é só uma criança, não tem que ter esse tipo de preocupação, mas é algo que ele pensa muito após esse trauma”, revela.
Com informações do G1 (Foto: Reprodução/RPC)