As fármacias e drogarias do país estão com estoques desfalcados. Há escassez de uma série de medicamentos. O desabastecimento chega a 22 tipos de remédios (veja a lista abaixo). Antialérgicos, descongestionantes nasais, xaropes para tosse, antibióticos e até Novalgina sumiram das prateleiras.
O problema ocorre em todo o Brasil. Por falta de insumos, a indústria farmacêutica não está conseguindo atender a demanda, que aumentou muito devido à onda de gripe e ao novo pico de Covid.
“É uma situação angustiante. Não ter para vender o medicamento que as pessoas procuram. Chega pai aflito em busca de um antibiótico para o filho e não encontra”, conta o vice-presidente do Sindifarma no DF, Francisco Messias Vasconcelos.
Ele explica que as entregas da indústria foram reduzidas a 1/5 da necessidade do varejo. “O pouquinho que chega acaba em algumas horas. Evapora”, aponta. Até dipirona está faltando.
A deficiência na indústria farmacêutica é reflexo da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. E também da paralisia da indústria na China (grande fornecedora mundial de insumos), devido ao rigoroso lockdown na pandemia.
Para tentar estimular a indústria, a Câmara de Regulação de Preços de Medicamentos (CMED), órgão federal, autorizou a liberação temporária do valor de remédios em risco de desabastecimento. A medida terá validade até 31 de dezembro deste ano. Mas a alteração de preços não será imediata.
Lista de remédios escassos:
Allegra D
Allegra Pediátrico
Amoxilina
Avamys
Benalet
Bisolvan spray adulto
Busonid Nasal
Celestamine
Citoneurim
Clavulin
Comtan
Coristina D
Desposteron
Desolex xarope
Flixotide spray
Novalgina
Nasonex spray
Klaricid
Rehidrate
Rinosor
Seki xarope
Venvans
* Por Samanta Sallum, do Correio Braziliense