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‘Velho Chico, a alma do povo Xokó’ será lançado amanhã

Ambientado na Terra Indígena Caiçara, o filme narra a história de um rio e de um povo

O lançamento oficial o filme “Velho Chico, a alma do povo Xoxó” está confirmado para acontecer nessa segunda-feira (21), no Museu da Gente Sergipana, centro em Aracaju. A ação cultural integra a programação da Semana da Sergipanidade e prevê a realização de duas rodas de conversas, além da exibição do documentário sergipano. O evento é uma realização da WG Produções, em parceria com a Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) e o Museu da Gente Sergipana.

A tarde reunirá pesquisadores, juristas, lideranças indígenas e cineastas em um encontro de saberes para celebrar os 45 anos da Retomada da Terra Xokó, com um debate rico e multidisciplinar sobre essa importante conquista. A professora Beatriz Góis Dantas, o Procurador Evaldo Campos e o Cacique Bá trarão suas visões únicas sobre a luta pela terra. A equipe de produção do documentário compartilhará os desafios e as alegrias do processo criativo. A exibição do longa-metragem sergipano será o ponto alto do evento, proporcionando um momento de imersão nessa história inspiradora.

Ambientado na Terra Indígena Caiçara, localizada na região do Alto Sertão Sergipano, o filme de não ficção narra, de forma poética e com uma fotografia de encher os olhos, a história de um rio e de um povo. Duas histórias que se fundem: a do povo Xokó, uma etnia indígena existente no estado de Sergipe; e a do rio São Francisco, sua razão de existir. Trata de suas lutas e conquistas, da retomada de suas terras, da cultura da cerâmica e dos rituais indígenas, a exemplo do Ouricuri (espaço sagrado) e do Toré (dança circular).

Velho Chico, a alma do povo Xokó leva o selo da WG Produções, com direção de Caco Souza, roteiro de Lelê Teles, produção executiva de Cacilda de Jesus, pesquisa e produção de Michele Becker, e trilha musical de Ricardo Vieira. A obra contou com recursos da Agência Nacional de Cinema (Ancine), por meio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). O documentário também conta com o apoio do Governo de Sergipe, por meio da Funcap, principal parceira na produção e primeira janela de exibição da obra, conforme Edital de Chamada BRDE/FSA Fluxo Contínuo para TV 2018.

Repercussão nacional

Velho Chico, a alma do povo Xokó é um documentário de longa-metragem sergipano, com duração de 71 minutos, que ganhou repercussão nacional ao ser o único representante do Nordeste na Mostra Competitiva de Longas Documentais do 52º Festival de Cinema de Gramado, que aconteceu entre os dias 9 e 17 de agosto, na serra gaúcha. Dos 158 títulos submetidos para a mostra, a curadoria de um dos mais respeitados festivais de cinema do Brasil e da América Latina, escolheu cinco para compor a competição, dentre eles, o longa documental de Sergipe. Essa decisão permitiu à equipe da WG Produções representar o cinema sergipano e registrar na história do cinema documental brasileiro a importância da história e da cultura do povo Xokó, de Sergipe, na defesa do meio ambiente, sobretudo do bioma da Caatinga, e do rio São Francisco.

Ficha Técnica

Empresa Produtora: WG Produções e Publicidade

Direção: Caco Souza

Roteiro: Lelê Teles

Produção: Michele Becker

Produção Executiva: Cacilda de Jesus

Direção de Fotografia: Maila Louback Gonçalves e Marcus Vinicius de Melo Soares

Direção de Arte: Jorge Oliveira

Trilha Musical: Ricardo Vieira

Trilha Sonora Original: Ricardo Vieira

Montagem: Jorge Oliveira e Thais Ramos

Desenho de Som: Marcelinho Porto

(Foto: Divulgação)

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