As vendas do varejo na Páscoa devem registrar uma queda histórica de 31,6% neste ano. Segundo estimativa da Confederação Nacional do CNC (Comércio de Bens, Serviços e Turismo), se a projeção se confirmar, a queda no período da Semana Santa será a primeira desde a recessão de 2014 a 2016. Houve recuos em 2015 (-1%) e em 2016 (-4,2%).
O cenário, inimaginável no início do ano, é resultado das restrições ao consumo impostas pelo isolamento social. “Os efeitos da pandemia de covid-19 restringiram dramaticamente o fluxo de consumidores nas lojas. Há registro de quedas de 35% no comércio de rua e de 50% nos shopping centers ao longo do mês passado [março]”, destaca o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Para aquelas lojas que vão poder abrir, como os supermercados, o movimento deve ser mais fraco do que no ano passado. Diante das restrições, muitas famílias não conseguirão se reunir. “Também porque as pessoas não estão nesse clima comemorativo tradicional”, completa Roberto Tadros.
Dólar influencia
Em relação ao preço dos produtos mais comuns da Páscoa, segundo a CNC, itens importados, como vinho e bacalhau, podem ter preços mais altos do que no ano passado, devido à alta do dólar. No entanto, provavelmente nem toda a alta da moeda estrangeira deverá ser repassada, porque as vendas devem ser mais fracas. Sobre os ovos de Páscoa, os preços podem subir, mas alta deve ser bem mais suave do que a do bacalhau e o vinho importado, por exemplo.
Fonte: Portal Metro