Um dia após a Justiça Eleitoral ter cassado o mandato do deputado estadual Paulinho da Varzinhas (PTdoB), a Polícia Civil prendeu quatro pessoas acusadas de “lavarem” os recursos das subvenções liberadas pela Assembleia e de agirem como “laranja” no esquema fraudulento. Estão presos Márcio José Góes, presidente da Associação Sergipana de Produtores de Eventos, o empresário Wilson Félix de Farias, a esposa deste, Edvânia Menezes e Alessandra Santos Menezes.
Os policiais também apreenderam em poder dos detidos muitos documentos, dinheiro e três carros. Thiago Garcia, filho de Wilson e Edvânia foi conduzido à delegacia para prestar depoimento e liberado em seguida. Segundo os policiais envolvidos na operação, existem outros mandatos de prisão, que devem ser cumpridos nas próximas horas. De acordo com a Polícia, o mentor do esquema para “lavar” as verbas de subvenção em favor de alguns deputados é o empresário Wilson Farias.
Outras prisões
Desde o início das investigações em torno das verbas de subvenção, já foram feitas várias prisões. Em julho deste ano, a Justiça mandou prender o ex-deputado estadual Raimundo Vieira (PSL) e os irmãos Augifranco Vasconcelos e Ygor Henrique Batista Vasconcelos. Estes dois são acusados de “lavarem” os recursos liberados pela Assembleia através de indicação feita por Vieira. Os três foram liberados após terem feito acordo de delação premiada. Também foram presos Dernival Luis de Moura e o empresário Nolet Feitosa, liberados depois que aceitaram colaborar com as investigações.
Além de Paulino da Varzinha, o deputado estadual Augusto Bezerra (MDB) também já teve o mandato cassado. Os deputados Antônio Santos (PMDB), Francisco Gualberto (PT), Garibalde Mendonça (PMDB), os ex-deputados Arnaldo Bispo (DEM) e Conceição Vieira (PT) foram punidos pela Justiça Eleitoral com multas no valor de R$ 40 mil por terem liberados verbas de subvenção no ano eleitoral. Outros parlamentares serão julgados a partir da próxima segunda-feira.