Foi sepultado, às 10h deste domingo (25), o empresário da construção civil Luiz Antônio Teixeira, 80 anos de idade. Vítima de um câncer na garganta, ele morreu ontem (24), em Aracaju. O féretro saiu de sua residência, no povoado Matapoã, para o Cemitério Colina da Saudade, nesta capital. proprietário da Construtora Norcon, ele lutava contra a doença, que se agravou nos últimos dias.Luiz Teixeira deixa viúva Ceiça Teixeira e quatro filhos.
O empresário Luciano Barreto, dono da Construtora Celi, conta que o amigo faleceu em casa. Ele e Luiz Teixeira se conheciam desde a época do ginásio escolar, quando estudavam no Colégio Estadual Atheneu Sergipense. Luciano e a família receberam a notícia com muito pesar. “Luiz Antônio Teixeira da sua construtora uma das maiores do Nordeste. Continuamos amigos durante todo tempo. Lamento profundamente o seu falecimento. Sergipe perde um grande empresário e excelente engenheiro”, disse Luciano.
O começo da carreira
E Luciano Barreto relembra os tempos de colégio com Luiz Teixeira: “Nos descolamos para Bahia visando fazer o segundo grau e nos preparar para o vestibular de Engenharia. Escolhemos Campina Grande onde fomos aprovados. Por circunstâncias locais, me transferir para Politécnica/Bahia e ele para o Paraná. Após três anos, em Jequié, nos associamos na Norcon. Irrequieto, resolvi começar a Construtora Celi. Ele fez da sua construtora uma das maiores do Nordeste. Como seu cunhado, me solidarizo com a toda a família enlutada. Maria Celi, soma comigo de iguais sentimentos de pesar”.
Luiz Teixeira foi um grande empresário para o estado de Sergipe. A construtora Norcon, que ele liderou junto com o irmão Tarcísio Teixeira, existe desde 1958, quando foi fundada pelo patriarca da família, Oviêdo Teixeira. Em 1965 a gestão foi repassada para os filhos, que deram segmento a um trabalho sério e de responsabilidade social.
Assembleia lamenta
O presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe, deputado estadual Luciano Bispo (MDB), externou votos de pesar pela morte de Luiz Antônio Mesquita Teixeira. O parlamentar se solidarizou com os familiares e amigos do empresário.
“MAIS UMA P E R D A
Por João Augusto Gama
Em 1966, perto das eleições , a primeira no regime militar, eu me encontrei com Luiz Teixeira(Luiz Antonio Mesquita Teixeira) na praça Fausto Cardoso , próxima à ponte do Imperador. Luiz com o otimismo típico dos Teixeira, acreditava na vitória do MDB contra a Arena, partido de suporte do regime militar. Eu tinha 19 anos e o entusiasmo de Luiz me contagiou. Seu irmão, Zé Carlos, se elegeu deputado federal. A Assembleia Legislativa tinha 32 deputados, o MDB elegeu apenas seis.
Em 1970, quando o regime militar radicalizou contra o MDB , o entusiasmo de Luiz não arrefeceu. O fracasso do MDB foi grande .Zé Carlos, o segundo deputado mais votado do estado, não se reelegeu. Luiz sentiu a pancada.
Em 1974 , Luiz e Tarcísio Teixeira descobrem e lançam como candidato ao senado Gilvan Rocha, médico brilhante. Gilvan ganha. Esta é uma vitória pessoal dos dois irmãos.
Em 1978, contra a orientação dos irmãos, Zé Carlos se lança candidato ao senado e perde a eleição.
Cito fatos antigos. Não falo da participação da Norcon, empresa de Luiz e Tarcísio, na mudança urbana de Aracaju.
Não tenho como comentar o falecimento de Luiz Antonio Mesquita Teixeira. Nos últimos anos perdemos o contato. A vida nos separou. No passado tivemos uma relação estreita, muito próxima.
Luiz deixa uma marca forte. Como amigo. Como empresário. Até mesmo como sonhador.
Velhice só trás isso: perda.
Luiz é uma grande perda”.
Por Soayan
“Um querido, super fã de Jazz. Ia sempre me ver no Teimonde e também fiz várias apresentações na casa deles, no Matapuã. Triste perda. Vá em paz, amigo, ouvir um jazz nas estrelas”.