No senso comum, acordar sem conseguir mover o corpo é tratado como um “ataque de pisadeira”. Geralmente esse fenômeno vem acompanhado por relatos de visões sobre uma mulher idosa que pisa no tórax da pessoa, fixando-o na cama. Mas, na medicina, essa situação é bastante estudada há bastante tempo.
De maneira sintética, a paralisia do sono acontece quando o nosso cérebro desperta antes do corpo, durante a fase do nosso sono chamada REM (Rapid Eye Movement – movimento rápido dos olhos), etapa do sono na qual os músculos estão em pleno relaxamento. Por conta desse relaxamento, a musculatura não acompanha o despertar do cérebro.
De acordo com especialistas, as visões que as pessoas que sofrem desse transtorno têm são sonhos, já que é um estágio no qual estamos parcialmente acordados. A médica Adriane Iurck Zonato, coordenadora do Laboratório do Sono do Hospital IPO, explica que a paralisia pode estar associada a outros distúrbios psicológicos, como depressão e ansiedade.
Sem dúvidas, acreditando ou não no folclore popular, as pessoas que passam por essa experiência são cerca de 8% da população mundial, de acordo com uma pesquisa da Universidade do Arizona. Há alguns hábitos que podem ajudar a minimizar esses episódios.
Tenha uma rotina de sono
Identifique quantas horas de sono são necessárias para o seu descanso diário e procure manter uma rotina deitando-se sempre no mesmo horário, desligando as telas antes de dormir e criando hábitos de relaxamento.
Evite bebidas estimulantes e bebidas alcoólicas
Cafés, chás ricos em cafeína e energéticos devem ser consumidos, no máximo, até a hora do almoço. A ingestão de bebida alcoólica dá a falsa sensação de que ajuda no sono mas está comprovado cientificamente que, após o efeito relaxante do álcool, a qualidade do sono é prejudicada durante a madrugada.
Desligue o celular e outras telas
A luz dos aparelhos eletrônicos, que é captada pela nossa retina, inibe a liberação da melatonina. Por isso, o uso dos dispositivos eletrônicos precisa ser evitado horas antes de deitarmos.
Fonte e ilustração: Metro Jornal