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Branqueamento ameaça os corais do Nordeste

A situação é exacerbada pelo fenômeno El Niño, que causa o aquecimento anormal das águas

A beleza estonteante dos recifes de corais do Nordeste está novamente sob séria ameaça. O fenômeno do branqueamento de corais, que marca uma grave crise ambiental, foi confirmado nas águas da região, apontando para um agravamento das condições de vida marinha. “Este é um problema ambiental grave, pois os recifes de coral disponibilizam boa parte do oxigênio para nossa respiração”, afirma a professora Priscilla Teixeira, do Departamento de Engenharia de Pesca e Aquicultura da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

De acordo com a oceanógrafa Bárbara Pinheiro, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o branqueamento já afeta toda a costa do Nordeste. Ao mesmo tempo, com incidências significativas nos Parrachos de Maracajaú, Atol das Rocas, Fernando de Noronha, João Pessoa, a APA Costa dos Corais, e a baía de Todos os Santos. Notavelmente, a região de Abrolhos ainda resiste ao fenômeno, o que representa uma pequena esperança em meio ao caos.

O branqueamento de corais ocorre quando as temperaturas da água se elevam a níveis críticos. Dessa forma, faz com que os corais expulsem as algas zooxantelas, que lhes fornecem cor e energia. Este processo não só empobrece a coloração vibrante dos corais, mas também compromete sua sobrevivência. Embora o branqueamento não signifique a morte imediata dos corais, ele os deixa extremamente vulneráveis e, sem uma recuperação das condições ambientais, sua morte é quase certa a longo prazo.

Alterações nas Correntes Oceânicas

A situação é exacerbada pelo fenômeno El Niño, que causa o aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico e repercute globalmente, intensificando os eventos de branqueamento. Este ano, o problema é agravado ainda mais pela mudança nos padrões das correntes oceânicas, especialmente a Corrente de Retorno Meridional do Atlântico (AMOC), que tradicionalmente ajuda a moderar as temperaturas do oceano. A desaceleração ou possível parada dessa corrente pode precipitar um aquecimento ainda mais dramático e destrutivo para os corais.

Fonte: Portal Ne9 ((Foto: Laboratório de Ecologia Aplicada LEAC UFPB)

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